A humanização do atendimento é o cuidado prestado com respeito, dignidade e ternura aos pacientes hospitalizados e seus familiares, tornando a relação entre eles e os profissionais menos formal, o que minimiza a dor, contribuindo para a cura e, portanto, reduzindo o tempo de internação.
Estar em um estado de doença é algo muito difícil de lidar, ainda mais quando é necessário ficar internado em um hospital, o que acaba modificando toda a rotina e estilo de vida de uma pessoa. Essa situação acaba se tornando ainda mais complexa quando acontece com as crianças, que interrompem suas tarefas escolares, assim como várias atividades que amam fazer e também são essenciais para o seu desenvolvimento como brincar.
Pensando nisso, diversos hospitais vem adotando a ideia de humanização do atendimento hospitalar para crianças. O objetivo é que os pequenos passem por esse momento da melhor forma possível, tornando essa fase o menos traumática possível.
A importância do acolhimento
Para diminuir o desconforto da hospitalização, as atividades lúdicas têm surgido com a finalidade de minimizar o estresse dos procedimentos e proporcionar momentos de atividades construtivas à criança, como: salas de recreação, brinquedoteca, classes hospitalares ou oficina pedagógica.
A inclusão de acompanhantes para as pessoas doentes nos processos de tratamento, bem como a modificação das regras de funcionamento de hospitais e outros serviços é de extrema importância, em função dos direitos dos usuários. Assim, a humanização implica na mudança da visão dos gestores, incluindo a estrutura, a forma de trabalhar e a visão destes profissionais.
Existem vários benefícios na implantação desse tipo de atendimento. Entre eles, elencamos:
- Memorabilidade (facilidade de ser lembrado pelo paciente);
- Benefícios para todos os envolvidos, inclusive colaboradores;
- Contribui para a eficácia do cuidado ao paciente;
- Forte relação com a ética;
- Fidelização, facilidade em ganhar a confiança do paciente.
Um exemplo de humanização do atendimento inovador e inspirador
O Hospital das Clínicas da USP inovou ao transformar a sua sala de ressonância magnética em um submarino para as crianças. A experiência passou a ser lúdica, diminuindo os impactos psicológicos que o exame geralmente causa.
Desenhos de peixinhos, estrelas do mar e um grande submarino amarelo transformaram a sala de ressonância do Hospital das Clínicas de São Paulo em um ambiente parecido com uma instalação de parque de diversões. A decoração especial do setor infantil do instituto faz parte do projeto de humanização que tem como objetivo reduzir o estresse de pacientes pediátricos durante os exames. Assim, desde a recepção à sala de ressonância, passando pela área de preparo, tudo foi pensado para entreter e distrair as crianças.
A ideia surgiu dos próprios médicos da instituição com o intuito de transformar a sala de ressonância magnética em um ambiente menos hostil, tornando a experiência do exame mais tranquila e eficaz.
Estudos comprovam que quanto mais acolhedora é a sala de ressonância, maior é a qualidade do exame, uma vez que, a criança menos estressada realiza poucos movimentos que possam interferir na qualidade da imagem coletada. Além disso, o ambiente mais acolhedor pode fazer com que as crianças realizem a ressonância (um exame demorado, barulhento e desconfortável) até sem anestesia, o que diminui o risco do procedimento.
Então, viu só como o atendimento humanizado coloca o paciente sempre em primeiro lugar? É preciso lembrar que ele é o protagonista da saúde. Deve-se, portanto, considerar seus pontos de vista, suas necessidades e seus anseios para promover um melhor atendimento.
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